Foi realizada no dia 29 de março, em Januária, a Audiência Pública do Diagnóstico Participativo do Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PIGIRS, dos municípios participantes do Consórcio Intramunicipal para o Desenvolvimento Ambiental Sustentável do Norte de Minas – CODANORTE.
Estiveram presentes: representantes da Prefeitura Municipal, Câmara dos vereadores, Secretaria de Meio Ambiente; representantes da CODANORTE, da Evolua Ambiental, do Ministério Público, do Instituto Federal, da Igreja e representantes da Associação dos Catadores de Januária.
O objetivo do evento foi apresentar e discutir junto às autoridades do município e da população o diagnóstico da produção atual de resíduos sólidos em Januária e região. O diagnóstico é a primeira parte do plano, que tem um planejamento de gestão de resíduos para os próximos 20 anos, cumprindo com as premissas das leis federais e municipais que orientam essa questão.
O assunto é central e urgente, devido à problemática em que se encontram os municípios da nossa região, bem como a situação geral do estado e do país. Os dados do diagnósticos atestam que o plano é mais que necessário, já que a conjuntura atual ainda é alarmante: locais impróprios para destinação dos resíduos, grande porcentagem de resíduos recicláveis e material que não deveria ser descartado no lixo comum.
Os representantes das instituições e da sociedade civil apresentaram preocupação em incluir todos os afetados na construção das ações do plano, principalmente as associações de catadores e demais atores que sobrevivem da reciclagem dos resíduos, que no momento estão trabalhando em condições de insalubridade.
A audiência pública foi um marco para uma nova política ambiental na cidade. A prefeitura anunciou a proposta de implantação da UTC (Unidade de Triagem e Compostagem), proposta inovadora que será planejada em parceria com a Codanorte em um arranjo com mais 4 municípios: Bonito de Minas, Maria da Cruz, Cônego Marinho e Itacarambi. O investimento previsto para a usina é de 10,5 milhões de reais. No espaço onde hoje é o lixão, será construída a UTC, o aterro sanitário e o pátio de compostagem.
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